Por: Isadora Garcia
Se algo aprendi nos últimos dias, sem dúvida é que o amor é um sentimento egoísta. Quando se ama, por mais que jure para si mesmo que o que mais importa nesse mundo é a felicidade da pessoa amada, o coração dará um jeito de enganar a razão e agir por conta própria, buscando a realização de suas vontades, sem nem pensar nas conseqüências de seus atos.
Quando se ama, o sentimento é tão forte, que ignora-se o do outro, pensando sempre ser o único dotado de tamanho amor. O que o outro sente, a maneira como o outro age, o ser apaixonado não busca entender nada extrínseco ao seu amor, o que resulta na formulação de certezas errôneas e, principalmente, egoístas.
O amor pode ser o melhor dos acontecimentos, mas pode também ser o pior. A capacidade destrutiva do amor é inacreditável. Como costumam dizer, o amor é cego, mas cego não para enxergar os defeitos do que se ama e sim para enxergar o mundo ao seu redor. O amor ignora a existência de outras coisas a sua volta, de outras pessoas e seus respectivos amores e é aí que entram os desentendimentos, as brigas, os atos impensados e a capacidade destrutiva do melhor sentimento de todos.
Sei que, mesmo depois de toda essa conclusão triste, quando chegar a minha vez de sentir o que por hora observo, agirei desta mesma maneira, passarei por cima de sentimentos alheios e deixarei feridas que não pretendo, que no futuro arderão mais ainda no meu próprio coração repleto de amor.