Isadora Garcia
É
difícil esquecer algo que nunca houve
É
impossível superar o amanhã que nunca chegou
Entender
não é ao menos opção
Um
vazio escuro
Surdo
barulho
Oco
Vão
Talvez
seja apenas um delírio remanescente
Resíduo
de vidas que fogem à memória
Arde
uma dor que nunca me foi dada
Herança
de um canto qualquer dessa carne
Lá
Aqui
No mais
calmo dos instantes
Sinto o
eco do som translúcido
Como de
passagem
Eu,
apenas meio,
Não
sou digna de razão
Calo o
sentimento
Ouço
enquanto me perfura
Me
atravessa
Aguardo
Aceito
O sal
escorre fechando o fato
E nunca
houve.
E nunca
foi.
Acordo
perdida
Mas o
resíduo fica
E um
dia me lembrarei do seu calor.
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