28.2.09
Soneto do amor total
Vinicius de Moraes
Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te enfim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
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Poesias alheias
Obrigada, Júlia!
Recebi meu primeiro selinho da Júlia diretamente do Diálogos a Sós e o repasso para o "Mulher é desdobrável. Eu sou", blog da professora Tati que certamente tem conteúdo de qualidade!
É a representação de um bom início para o meu blog, né? Hehehe..
Obrigada, Júlia!
Beijos!
É a representação de um bom início para o meu blog, né? Hehehe..
Obrigada, Júlia!
Beijos!
26.2.09
Quando os versos se escondem
Isadora Garcia
Cansei de tentar dizer
o que não sei ao certo
Cansei de tentar compor
o que não me é certo
Cansei de tentar rimar
o que não me sai certo
Cansei de tentar
Cansei de fracassar
Cansei de buscar
o que não se faz perto
Cansei de reconstruir
Cansei de persistir
Cansei de agir
Cansei.
(mas só por hoje)
Isadora Garcia
Cansei de tentar dizer
o que não sei ao certo
Cansei de tentar compor
o que não me é certo
Cansei de tentar rimar
o que não me sai certo
Cansei de tentar
Cansei de fracassar
Cansei de buscar
o que não se faz perto
Cansei de reconstruir
Cansei de persistir
Cansei de agir
Cansei.
(mas só por hoje)
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Poesias minhas
25.2.09
Poesia gerando poesia
Isadora Garcia
Isadora Garcia
A própria poesia é
minha fonte de inspiração.
É claro que há uma conspiração
para a minha criação,
mas da poesia vem a culpa
de toda essa súbita vocação.
Quando consigo agarrar na leitura
o que me mostra essa quase ilusão
uma nova poesia nasce transbordando emoção
e por ela muitos outros se inspirarão.
Meu corpo é mera passagem,
transcrição.
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Poesias minhas
24.2.09
Luta contra o que não quero destruir
Isadora Garcia
Escrever é uma(minha) árdua missão.
A razão parece disputar com a emoção.
A mente agiliza o pensamento
que mesmo assim não acompanha a velocidade da criação.
Quanto mais paro para pensar,
mais elas parecem voar,
se esconder,
desaparecer.
As palavras me escorregam da boca
e se auto organizam no papel
de forma que desse ato não tenho controle.
A maior dificuldade da missão,
porém,
é não cumpri-la.
Isadora Garcia
Escrever é uma(minha) árdua missão.
A razão parece disputar com a emoção.
A mente agiliza o pensamento
que mesmo assim não acompanha a velocidade da criação.
Quanto mais paro para pensar,
mais elas parecem voar,
se esconder,
desaparecer.
As palavras me escorregam da boca
e se auto organizam no papel
de forma que desse ato não tenho controle.
A maior dificuldade da missão,
porém,
é não cumpri-la.
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Poesias minhas
22.2.09
Fora de mim
Isadora Garcia
Para Bruno Cabral
Pensava eu
controlar os sentidos
deste corpo meu
que desprende-se de mim
ao sinal enviado pelos meus olhos
de sua presença.
E, constituído de vida própria,
é alimentado pelos seus gestos,
respira seus olhos,
beija sua pele.
Este corpo que,
quando lhe vê,
me abandona.
Na adrenalina incontrolável,
não me é mais conhecido,
não mais obedece aos meus comandos.
Quero chamá-lo, recuperá-lo,
mas isso é impossível,
pois ele só voltará quando for embora.
E isso...
jamais desejarei.
Isadora Garcia
Para Bruno Cabral
Pensava eu
controlar os sentidos
deste corpo meu
que desprende-se de mim
ao sinal enviado pelos meus olhos
de sua presença.
E, constituído de vida própria,
é alimentado pelos seus gestos,
respira seus olhos,
beija sua pele.
Este corpo que,
quando lhe vê,
me abandona.
Na adrenalina incontrolável,
não me é mais conhecido,
não mais obedece aos meus comandos.
Quero chamá-lo, recuperá-lo,
mas isso é impossível,
pois ele só voltará quando for embora.
E isso...
jamais desejarei.
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