22.2.09


Fora de mim
Isadora Garcia
Para Bruno Cabral


Pensava eu
controlar os sentidos
deste corpo meu
que desprende-se de mim
ao sinal enviado pelos meus olhos
de sua presença.
E, constituído de vida própria,
é alimentado pelos seus gestos,
respira seus olhos,
beija sua pele.

Este corpo que,
quando lhe vê,
me abandona.
Na adrenalina incontrolável,
não me é mais conhecido,
não mais obedece aos meus comandos.

Quero chamá-lo, recuperá-lo,
mas isso é impossível,
pois ele só voltará quando for embora.
E isso...
jamais desejarei.

2 comentários:

Anônimo disse...

Isaaaa..adorei seu blog, adorei sua poesia e por elas adorei vc tbm! (De fato, a poesia nos conecta)
Vejo tantas coisas em comum entre a gnt.
Nossa escrita nascente tem traços de imaturidade que se perdem a cada nova palavra que brota de nós. ao mesmo tempo é viva, quase pode sair andando por ai, literalmente, de tanto sentimento.

Sobre essa poesia, o que posso dizer além dela ser linda q na minha vida tbm existe um Bruno Cabral


Beeijos, querida!
Já já comento os outros poemas

^^

Anônimo disse...

Adorei o poema, meu amor! Obrigado, minha poetisa predileta! Te amo!